Não há olhos mais brilhantes
Eu me
entristeço ao me lembrar da época que eu faltei vender minha própria alma para
conseguir a atenção das pessoas. Eu fazia de tudo e mais um pouco para ser
notada, queria ser memorável, lembrada até depois das despedidas e ser amada
por todos para assim me sentir especialmente única.
Eu comecei a
gostar do que os outros gostavam, a caminhar nos passos de quem eu admirava, a
falar com uma voz mais mansa e suave, mudei meu vestir e calçar, também mudei a
minha alimentação, músicas, livros e filmes.
E quando
percebi que mesmo assim eu era ignorada, caí em cima da realidade e me
envergonhei do que fiz, pois abri mão de quem eu era para ser aquilo que os
outros queriam que eu fosse. Eu me desvalorizei para ter algum valor para eles,
mas o preço foi alto demais, ainda hoje pago a conta.
Por isso digo
que não se deve deixar quem é para mendigar abraços e nem beijos, ainda mais
quando eles não são sinceros. Eu não me amava, nem tão pouco podia me aceitar,
e perdia a cabeça buscando formas para ser diferente da minha própria natureza,
e tudo isso por motivos idiotas e fúteis.
As pessoas
irão pisar em cima de você de qualquer jeito se ficar ofendendo a si em buscar
de rizadas amigas, porque não adianta nós nos tornados quem não somos para
agradar, uma hora a ficha caí e nos vemos sozinhos com nós mesmos.
É trágico quando
vejo alguém fazer o mesmo que fiz antes, dá uma vontade de ir até a pessoa e
sacudi-la para ver se assim eu possa traze-la para ela mesma. E ensina-la que
não há olhos mais brilhantes, nem boca mais sorridente, que o coração dela é o
mais forte, que tem um corpo lindo, uma alma pura e sonhos que valem ouro.
Quando tenho recaídas
e volto a ser infeliz por causa do que aparento, eu vou no meu quarto e quebro
o espelho, pois nada e nem ninguém irá me dizer que sou menos do que realmente
sou, e nem que sou obrigada a dançar conforme a música.
P.S: Se puder, e quiser, deixe algo nos cometários, pode ser uma crítica, sugestão, elogio ou qualquer outra coisa. Vou adorar receber <3
Trecho do livro Ela Já Foi Verão escrito por Tatielle Katluryn
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