A Letra Escarlate
Entre a coragem e a covardia, a hipocrisia e a sinceridade,
a pureza e o pecado, encontrei Hester Pryne, uma mulher casada, mas que as
circunstâncias da vida a levaram a cair em uma paixão da onde nasceu uma
menina. Ela se veste de culpa, passa ser excluída da sociedade de 1800 e vive a
se atormentar por ter cedido a tentação.
A Letra Escarlate é um romance norte-americano datado de 1850. Esta edição de bolso da Martin Claret começa com Palavras do Editor onde se conta a trajetória dos livros e de seu papel na atualidade. Depois vem Um Estudo sobre a vida e obra de Hawthorne falando das influências que o levaram a escrever este livro. E após isso tem o Prefácio Para a Segunda Edição onde podemos ver da onde Hawthorne tirou a ideia para essa história. Então vem a Introdução onde o autor fala sobre sua vida no emprego que tinha na Alfândega em Salem onde nasceu e estava morando na época, além de outros aspectos da sua vida pessoal e daquilo que o rodeava, sendo que foi ali onde encontrou meio que por acaso o motivo que o levou a esse livro. E após a história ser contada, termina com Dados Biográficos do escritor.
A Letra Escarlate
Autor: Nathaniel Hawthorne
Tradução: Sodré Viana
Editora: Martin Claret
Coleção Obra-Prima De Cada Autor
Páginas: 240 páginas
Edição: 2011 (4° reimpressão)
O livro é narrado em terceira pessoa do singular, a história
começa quando Hester Pryne sai da cadeia levando no colo uma bebê de três
meses, ela anda no meio da multidão que a julga e sobe num pelourinho para
sentir o peso de seu pecado. Ali ela é condenada a viver com um A pendurado em
seu peito como sinal do seu adultério.
Ela era da Europa, mas que como muitos puritanos buscando
liberdade religiosa, foi para a América e se instalou no que chamada de Nova
Inglaterra. Mas seu marido não foi juntamente com ela, e como ele nunca
apareceu ela acabou se envolvendo com um homem e engravidou dele, mas na época
isso era um crime terrível onde ela deveria ser morta, porém o seu castigo foi
viver isolada com a filha e carregar para sempre a letra A no seu peito.
Hester se sustentava com o trabalho de costureira no qual
era muito talentosa, mas mesmo assim as pessoas mantinham distância dela e de
sua “filha do pecado”. Hester prometeu que não contaria quem era o pai da
menina e consequentemente atuante em seu pecado.
Até que aparece na história o seu marido, que depois de
viver com os índios um bom tempo volta para ela, porém encontra uma mulher
muito diferente da que tinha se casado. Ele pede para ela prometer que não
contaria quem era ele e desse modo ele viveria com uma nova identidade,
começado a se chamar Roger Chillingworth um médico colecionar de ervas. E ele
como vingança, disse que iria descobrir quem foi o parceiro de adultério de
Hester.
Nisso, o ministério Arthur Dimmesdale um pastor querido e
aclamado por aquelas pessoas, fica cada vez mais abatido e doente, e Roger se
oferece para cuidar dele e tentar descobrir a razão de sua enfermidade.
Ao decorrer da narrativa, a filha de Hester chamada Pearl
vai crescendo como uma menina saudável, muito bonita e cheia de energia, sempre
se aventurando pela mata onde morava. As duas acabam se acostumando com a
reclusão e se refugiando uma na outra.
Aí Roger começa a forçar de todas as formas que Arthur diga
o motivo de sua doença, já que o doutor está convencido de que não é um
problema físico e sim emocional, então Arthur se torna um sofredor que se
humilha cada vez mais sob o peso de algo que lhe afligi.
Hester com o passar do tempo vai novamente sendo tratada
como humana, até que ela decide outra vez ceder a paixão e fugir do símbolo da
sua vergonha.
A história vai se desenrolando em torno de Hester, Pearl,
Arthur e Roger, onde cada um tem contado de forma detalhada seus anjos e
demônios internos. O livro tem raros diálogos como eram tipicamente os romances
do século XIX, e o drama dos personagens é contado através de discrições
fantásticas sobre suas personalidades, suas atitudes, pensamentos e
sentimentos, além da vida que os rodeia. Trás um retrato do puritanismo, que
hora o autor critica.
É um enredo que trás reflexão sobre quem mostra o que fez de
mal e aquele que fez algo e vive a se esconder. Como os erros trazem
consequências mais emocionais que físicas, e que alguns como Hester fazem do
seu sofrimento um aprendizado e se tornam grandes pessoas, e de outros como
Roger e Arthur que se entregam a vingança contra a injustiça que lhe foi feita
e o remorso de não poder voltar ao passado e consertar seu erro.
O livro é fantástico, tem-se que ler com calma e analisar
cada frase de onde se tira uma profundidade de detalhes e aprendizados. É um
dos mais celebres romances norte-americanos e me fez refletir sobre muita
coisa, como por exemplo, a forma como as pessoas erram e a consequência de seus
pecados, mas que algumas decidem ou não tem escolha e revelam o seu erro e de
como tem gente que esconde o que fez, mas vive com uma imensa tristeza de se
achar uma farsa no meio da humanidade.
É uma leitura obrigatória para quem ama romances do século
XIX.
E ainda tem filme, foi lançado em 1995, e tem como Hester
Pryne a atriz Demi Moore. Aqui tem o link do filme para quem quiser assistir.
O filme começa a ida da Hester para a Nova Inglaterra, e
monstra o decorrer do seu romance, o que não é mostrado no livro, pois o livro
se foca nas consequências do fato e não em dizê-lo em detalhes. Então o filme é
um complemento incrível a temática do livro e trás uma reflexão ainda maior
sobre a obra.
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