Existimos para sermos uma unidade em amor semelhante ao Pai, Filho e Espírito Santo que são Um (1/2)
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No principio Deus criou os céus, a terra e tudo que nelas há (Gênesis 1). Também no início Ele criou o ser humano á sua imagem e semelhança: “Assim Deus criou o ser humano semelhante á sua imagem, á imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.” (Gênesis 1:27). Mas Ele não fez nada disso sozinho, pois o nosso Deus é Trino. “Deus disse: façamos o ser humano á nossa imagem e semelhança.” (Gênesis 1:26). Desde o começo Ele é o Pai, Filho e Espírito Santo. Eles são Um. Em uma comunhão constante, em uma unidade que não se pode dissociar e nem quebrar. Esse Deus que é três em Um disse assim quando nos criou: façamos o homem á nossa imagem e semelhança. Dessa maneira, o Deus que é uma comunidade, um conjunto, um relacionamento, uma comunhão, nos criou para sermos semelhantes a Ele, assim fomos criados por Jesus, pelo Espírito Santo e pelo Pai, para estarmos em um relacionamento constante, íntimo e profundo até sermos Um com Deus como há unidade entre o Pai, o Filho e o Espírito. Fomos criados em um relacionamento e, dessa forma, não há solidão desde o começo da nossa existência. Pois existimos a partir de um Deus que é o próprio amor e nada solitário. Assim o motivo da nossa existência é nos relacionarmos intimamente com Deus até sermos Um assim como Ele é.
Mas
quando não estamos em comunhão com Deus nos sentimos vazios, perdidos,
desprovidos de propósitos e sem sabermos o que nos trouxe á vida. Porém quando
nós entendemos que não há melhor lugar para estarmos do que na presença de
Deus, que não fomos criados para estarmos separados Dele, nós iremos busca-Lo
para então sermos Um com Ele. Todavia, Deus não nos criou somente para nos
relacionarmos com Ele, mas logo depois que criou Adão veio Eva para que os dois
também em um relacionamento se tornassem Uma só carne (Gênesis 2:24). Assim
havia também o propósito de unidade quando Deus criou os seres humanos. Pois o
Deus que disse “façamos” colocou em nós o mesmo desejo e anseio que queima em
seu coração para sermos Um tanto com Ele quanto com outras pessoas. Mas então
veio o diabo no Jardim e com uma proposta mentirosa (Gênesis 3:4,5) quebrou a
unidade que havia entre nós e Deus, o que também acabou afetando a unidade que
havia entre as pessoas. Por isso a maior consequência do pecado foi nos separar
de Deus (Gênesis 3:23,24) e nos tirar a unidade que havia no principio quando
tudo veio a existir.
Porém
o Pai, o Filho e o Espírito não desistiram de nós, mas colocaram em ação um
plano diferente a fim de nos salvar (Romanos 8:3). O Pai disse que nasceria um
que esmagaria a cabeça da serpente que nos enganou no Jardim e que desse pecado
culminou na nossa separação de Deus (Gênesis 3:15). Logo ali foi profetizado
que o Filho se tornaria carne (João 1:1), que habitaria entre nós e que através
Dele nós novamente iriamos nos tornar Um com o Pai. Quando o Filho veio nos
mostrou como era o Pai (João 14:9), pois o ser humano estava tão afastado de
Deus que não conhecia mais quem era o Pai. Tinha uma visão errada e ruim sobre
o Pai, vivendo com medo e se afundando em seus próprios pecados. Mas então o
Filho veio e nos mostrou que há um Pai que continuou nos amando apesar dos
pecados que cometemos. Um Pai que nunca desistiu de nós. Um Pai que é
apaixonado por sua criação por mais pecadora que ela seja. Um Pai que deseja
ter seus filhos de volta para que eles vivam eternamente com Ele em sua morada
celestial. Esse Pai que por tanto nos amar e por tanto nos desejar de volta
enviou o seu único Filho para morrer em nosso lugar, porque era necessário que
houvesse um sangue totalmente puro para nos limpar de todos os nossos pecados. Para
então todo aquele que crer no Filho terá a vida eterna com o Pai (João 3:16).
E
antes de Jesus voltar para o Pai Ele fez uma oração por cada um nós: “Minha
oração por todos eles é que sejam Um, tal como Eu e o Senhor somos, ó Pai.
Porque assim como o Senhor está em mim e Eu no Senhor, assim estejam eles em
nós para que o mundo creia que o Senhor me enviou. Eu dei a eles a glória que o
Senhor me deu, para serem Um, como nós somos Um: Eu neles e o Senhor em mim,
para que todos sejam levados á completa unidade,
para que o mundo saiba que o Senhor os ama tanto quanto me ama. Pai, eu os
quero comigo, estes que o Senhor me deu, para que eles possam ver a minha
glória, a glória que o Senhor me deu porque me amou antes da criação do mundo.
Ó Pai justo, o mundo não conhece o Senhor, mas Eu o conheço, e estes sabem que
o Senhor me enviou. E Eu revelarei a eles o seu nome, e continuarei a fazê-lo,
para que o amor que o Senhor tem por mim possa estar neles, e Eu esteja neles.”
(João 17:21-26).
Ele
não orou somente por aqueles que estavam ali naquele exato momento ao seu lado,
mas Ele também orou por mim e por você (João 17:20) que muitos séculos depois
iriamos crer no Filho que nos tirou das trevas para a sua maravilhosa luz. Jesus,
o Filho Unigênito do Pai, Jesus que estava no principio com o Pai e naquele
momento estava prestes a ser crucificado por causa dos meus erros, dos seus e
dos de toda humanidade. Jesus orou pedindo tantas coisas, entre elas estava a
essência da sua oração, aquela palavra que parecia norteador todas as outras e
que era o final de tudo que Ele queria dizer: sermos Um como Ele e o Pai são
Um. Jesus orou pedindo para termos novamente a unidade que tínhamos no
principio lá no Jardim do Éden, pois foi na unidade que Ele nos criou e era
nela que Ele desejava que continuássemos a existir. Ele disse ao Pai que nos
deu a sua glória para que assim houvesse unidade e que ela fizesse as pessoas acreditarem
que o Pai o havia enviado. Assim a unidade aponta para Jesus que veio até nós, nos
uniu e glorifica o Pai. Essa unidade que somos nós os filhos de Deus que se
intitulam cristãos. Essa unidade é a Igreja. É a Noiva que o Cordeiro vem
buscar.
Escrito por: Tatielle Katluryn
"As palavras que eu digo não são propriamente minhas, mas do Pai que vivem em mim." João 14:10
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